Justificativa
Sabendo que a capacidade de autocontrole em
situações sociais é essencial para um convívio razoavelmente harmônico e
percebendo que a dificuldade de autorregulação pode se tornar um risco para a
integridade física, a professora Rosana Mello, propôs um projeto para sua turma de 3º ano, oportunizando um trabalho voluntário dentro da própria escola, com experiências de
solidariedade e ajuda ao próximo, a fim de refrear os impulsos agressivos verbais e físicos, alimentados, muitas vezes, por uma sociedade injusta e permissiva.
Segundo a professora, nosso aluno ainda
está em fase de formação da personalidade e caráter e não possui maturidade
suficiente para avaliar a gravidade dos seus atos. E sendo a escola um espaço de
socialização, onde a criança precisa adaptar-se ao grupo, conquistar amigos e
aprender a relacionar-se com pessoas diferentes; atividades voluntárias podem colaborar
para o desenvolvimento de qualidades pessoais positivas, úteis para sua vida
futura, além de exercitar a cidadania.
Desenvolvimento do
projeto
Percebendo que seus alunos estavam com dificuldades de autorregulação,
envolvendo-se frequentemente em casos de agressão verbal e física, na primeira etapa do projeto, além de oferecer leituras de conscientização social, a professora incluiu uma roda
de conversa com todos, onde os alunos puderam se expressar e discutir
sobre os conflitos dentro da turma. A reunião, registrada em ata, contou com a
participação da diretora Márcia Rossana que apoiou a iniciativa do projeto,
onde alguns alunos foram indicados para iniciá-lo.
Reunião com alunos, professora e a diretora, Marcia Rossana, para dar início ao Projeto.
“Educai as crianças e não será preciso punir os homens”
Pitágoras.
Registrando a ata da reunião.
Para o início do projeto, a professora contou com a
colaboração de toda a turma, contribuindo na escolha e confecção do nome do
grupo indicado. Nasce então o grupo “Voluntários da Paz”.
Escolhendo o nome e o símbolo do grupo.
Participação ativa e cooperativa de toda a turma.
Nasce o Grupo “ VOLUNTÁRIOS DA PAZ” !
Crachás dos voluntários
Durante o ano, para mostrar que a escola não é só um espaço de aquisição do conhecimento, mas também de interação social, a professora ofereceu leitura e interpretação de textos, abrindo espaço para reflexão sobre atitudes de solidariedade, generosidade e respeito às diferenças físicas e sociais.
A história “Amigos” de Helme Heine, do caderno pedagógico, levando os alunos a refletirem sobre solidariedade, generosidade e respeito às diferenças físicas e sociais.
Na segunda etapa, com o objetivo de desviar e refrear as
condutas agressivas, a professora sugeriu que os trabalhos voluntários fossem
desenvolvidos dentro da própria escola. Foi acordado que as atitudes solidárias
aconteceriam com as turmas de maternal, duas vezes por semana no horário do
recreio, dividindo os indicados em dois sub grupos.

Formalizando a parceria com o maternal.
Canalizando energia para atitudes positivas.
Ao ser voluntário, você entra em contato com
situações diversas de seu cotidiano.
Nem sempre é fácil manter o domínio de nossas reações.
Abrindo
possibilidades para novas experiências partindo de uma atitude solidária.
Ao realizar um trabalho voluntário transmite-se e recebe-se
AMOR !
Mesmo compreendendo que a sociedade moderna exige que pais e mães estejam simultaneamente inseridos no mercado de trabalho, tornando difícil a participação efetiva na vida de seus filhos, a professora Rosana solicitando o apoio dos responsáveis na terceira etapa, demonstrou a importância do apoio da família integrado ao da escola, na construção da personalidade de seus filhos.
O apoio da família é fundamental !
Ao longo do projeto, foram acontecendo encontros periódicos
de avaliação das atitudes solidárias, com o grupo Voluntários da Paz, abrindo
um espaço para análise, conscientização e auto avaliação onde eles puderam
ouvir depoimentos uns dos outros, com o objetivo de buscar a interação entre os
membros do grupo. O grupo pôde perceber que, aos poucos, as implicâncias e
necessidades de autoafirmação foram dando espaço para atitudes de solidariedade
e interação.
Reunião com os voluntários.
Ainda há muito o que fazer, mas a semente de solidariedade,
tolerância e amor ao próximo já foram plantadas, porém é preciso cultivá-las
dentro e fora do espaço escolar, com a importante parceria da família.
A tríade perfeita (família - aluno – escola)
A apresentação da peça "Bullying, tô Fora!", veio endossar o trabalho realizado pela professora Rosana Mello, abordando com objetividade e delicadeza, um tema tão polêmico quanto o Bullying. Alunos perceberam que, o que eles acham engraçado e inofensivo, na verdade tem nome.
Peça “Bullying, tô Fora!” da Cia Teatral EnsinoemCena-RJ
Como é gratificante colaborar para que nossos voluntários passem a contribuir para uma sociedade melhor.
2 comentários:
Parabéns para turma 1302 e a professora Rosana pelo excelente trabalho desenvolvido!!!!
Quando a Direção acredita, apoia e incentiva, o trabalho flui de forma prazerosa. Obrigada !
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